quarta-feira, 25 de maio de 2011

PERÍODO HELÊNICO

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O Império de Alexandre o Grande

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Mosaico de Alexandre o Grande

O período helenístico da história grega começa com a morte de Alexandre (Αλέξανδρος) em 323 a.C. e termina com a anexação da península e ilhas gregas por Roma em 146 a.C.. Apesar do fato de que o estabelecimento do governo romano não quebrou a continuidade da sociedade e cultura helenísticas que permaneceram essencialmente as mesmas até o advento do Cristianismo, ele marcou, contudo, o final da independência política grega.

Durante o período helenístico, a importância da Grécia "em si" (ou seja, o território representado pela Grécia atual) dentro do mundo grecófono delinou nitidamente. Os grandes centros de cultura helenística eram Alexandria (Αλεξάνδρεια) e Antioquia (Αντιοχεία), capitais do Egito (Αίγυπτος) ptolemáico e da Síria (Συρία) selêucida respectivamente. Outros centros importantes eram Esmirna (Σμύρνη), Selêucida do Tigre (Σελευκιδών το τιγρών), Éfeso (Έφεσος) e Pérgamo (Πέργαμος), todas fora da Grécia continental.

Atenas (Αθήνας) e suas aliadas, todas as populações da Grécia Central e do Peloponeso (Πελοπόννησος), com exceção de Esparta (Σπάρτη), ao receberem notícia da morte de Alexandre (Αλέξανδρος), revoltaram-se contra a Macedônia, mas foram derrotadas dentro de um ano, na Guerra Lamíaca (Πόλεμος Λαμία). Enquanto isso, uma contenda pelo poder deixado por Alexandre (Αλέξανδρος) irrompeu entre seus generais, resultando no desmembramento de seu império e no estabelecimento dum número de novos reinos. Ptolomeu (Πτολεμαίος) ficou com o Egito (Αίγυπτος), Seleuco (Σέλευκος) com o Levante (Λεβάντε), a Mesopotâmia (Μεσοποταμία) e algumas cidades a leste. O controle da Grécia, Trácia (Θράκη) e Anatólia (Ανατόλια) foi contestado, mas por volta de 298 a.C. a dinastia dos Antigônidas (Αντιγονιδών) suplantara a antipátrida (Αντίπατρος).

O controle macedônio das cidades-estados gregas foi intermitente, com o aparecimento de revoltas. Atenas, Rodes, Pérgamo e outros estados gregos mantiveram uma independência substancial, juntando-se à Confederação da Etólia (Αιτωλία) com a intenção de defender essa independência. A Confederação da Acaia (Αχαΐα) ainda que teoricamente sujeita à dinastia ptolemáica, agia, de fato, independentemente, controlando a maioria do sul da Grécia. Esparta (Σπάρτη) também continuou independente, mas recusou-se a fazer parte de confederações.

Em 267 a.C., Ptolomeu (Πτολεμαίος) II persuadiu as cidades gregas a revoltarem-se contra a Macedônia (Μακεδονία), resultando na Guerra de Cremônides (Κρεμόνας), assim chamada devido ao líder ateniense Cremônides (Κρεμόνας). As cidades gregas foram derrotadas e Atenas (Αθήνας) perdeu sua independência, bem como suas instituições democráticas. Isso marcou o fim de Atenas (Αθήνας) como agente política, ainda que continuasse sendo a maior, mais rica e mais cultivada cidade da Grécia. Em 255 a.C., a Macedônia (Μακεδονία) derrotou a frota egípcia em Cós (Κώς) e estendeu seu domínio à todas as ilhas do Egeu (Αιγαίου), com exceção de Rodes (Ρόδος). 

Esparta (Σπάρτη) continuou hostil aos Aqueus (Αχαιοί), e em 227 a.C. terminou por invadir a Acaia (Αχαΐα), ganhando o controle da Confederação. Os aqueus (Αχαιοίrestantes preferiram distanciar-se da Macedônia (Μεσοποταμία) e aliar-se a Esparta. Em 222 a.C., o exército macedônio derrotou os espartanos e anexou a cidade - era a primeira vez que Esparta (Σπάρτη) era ocupada por um poder estrangeiro.
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Filipe V da Macedônia

Filipe (Φίλιππος) V da Macedônia (Μακεδονία) foi o último governante grego a dispor tanto de talento como de oportunidade para unir a Grécia e preservar sua independência contra o poder de Roma, mas morreu com um machucado que não parava de crescer. Sob seus auspícios, a Paz de Naupacte (217 a.C.) Nesse momento ele possuía o controle de toda a Grécia, excetuando-se Atenas (Αθήνας), Rodes (Ρόδοςe Pérgamo (Πέργαμος).

Em 215 a.C., contudo, Filipe (Φίλιπποςforjara uma aliança com o inimigo romano, Cartago (Καρχηδόνα). Imediatamente, Roma seduziu as cidades aquéias, fazendo com que abandonassem a antiga lealdade a Filipe (Φίλιππος), e fez alianças com Rodes (Ρόδοςe Pérgamo (Πέργαμος), esse último, o maior poder da Ásia (ΑσίαMenor. A Primeira Guerra Macedônica eclodiu em 212 a.C., terminando inconclusivamente em 205 a.C.. A Macedônia (Μακεδονία), contudo, havia sido marcada como inimigo de Roma.

Em 202 a.C., Roma derrotou Cartago (Καρχηδόνα), ficando livre para dar atenção ao oriente. Em 198 a.C. estourou a Segunda Guerra Macedônica, por razões ainda obscuras, mas basicamente porque Roma via a Macedônia (Μακεδονία) como um aliado em potencial dos Selêucidas (Σελευκίδες), o maior poder do oriente. Os aliados de Filipe (Φίλιππος) na Grécia deserdaram-no, e em 197 a.C. ele foi finalmente derrotado na Batalha de Cinoscéfalos (Μάχη του κῠνοκέφᾰλου pelo cônsul romano Titus Quinctius Flaminius.

Para a sorte dos gregos, Flaminius era um homem de moderação e um confesso admirador da cultura grega, além de conhecer e falar o idioma - razão pela qual, na verdade, muitos dos aliados de Filipe (Φίλιππος) haviam se aliado a Flaminius. Filipe (Φίλιππος) teve que capitular sua frota e tornar-se um aliado romano, de forma que foi poupado. Durante os Jogos Ístmicos (Ίσθμια), realizados no istmo de Corinto (Κόρινθος) em 196 a.C., Flaminius declarou, em meio ao entusiasmo geral, a independência das cidades gregas, tornando-as livres, apesar de guarnições romanas ainda se encontrarem em Corinto (Κόρινθος) e na Calcídica (Χαλκιδική). A liberdade prometida por Roma, contudo, era uma ilusão. Todas as cidades, exceto Rodes (Ρόδος), faziam parte duma nova Confederação controlada pela própria Roma, e a democracia foi substituída por regimes aristocráticos aliados a Roma. A partir deste momento, rei Estefen Genaro passou a dominar a Grécia.

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